Experiências e Insights

O objetivo é compartilhar aquelas fichas que vão caindo sistematicamente.

Minha foto
Nome:
Local: Santos/ POA, SP/ RS, Brazil

Uma criança feliz. Alguém que acorda de bom humor, gosta de coisas simples e tranquilas. Mas que tem seu lado surtado, que faz as coisas acontecerem e o mundo girar. Fiel, cooperativa, alegre, sempre pronta, ativa, reflexiva, doce, carinhosa, forte,corajosa...

22 julho, 2012

A morte de novo, os arrependimentos e a gratidão.

Já compartilhei minha percepção sobre a morte, mas gostaria de adicionar alguns pensamentos e experiências recentes.
Talvez as mortes que aconteceram antes não fossem tão significativas ou a minha entrega naqueles relacionamentos não tenha sido tão intensa.
Talvez eu não estivesse tão madura e não percebesse as coisas da mesma forma.
Enfim, desta vez o processo foi mais forte e impactante, por um motivo muito claro: arrependimento!
Relacionamentos de contato intenso geram situações que nem sempre são as ideais. Dia desses em uma reunião de equipe ouvi uma pessoa dizer: "quanto mais você conhece alguém, menos você gosta". Mas dependendo do nível de amor (no sentido de afeição por alguém, não necessariamente conjugal), apesar de conhecer, você continua gostando e tentando equilibrar os pontos delicados.
Acontece que eu sempre fui muito prática e gosto de acabar com os assuntos. Não consigo deixar coisas pendentes. Mas o ato de encerrar, finalizar, muitas vezes acaba tendo a conotação de destruir o que não se quer mais. Intensa é uma palavra que normalmente define minha forma de agir.
Então desta vez, o que aconteceu foi que, no meio do processo, resolvi cortar o cordão umbilical com essa pessoa. Da mesma forma que fiz com minha mãe biológica, resolvi que era o momento de encerrar uma fase com essa pessoa que era como uma junção de mãe, irmã, amiga e companheira. A ideia era mantê-la apenas na posição de amiga/irmã.
No momento em que fiz isso não houve qualquer sentimento negativo da minha parte, sentia que era o ritmo das coisas. E ela também não expressou nenhuma atitude de tristeza ou menção de não concordar com o que eu estava fazendo. Foi natural e ela foi amorosa como sempre.
A sua morte ocorreu alguns anos depois disso. Convivi com ela menos do que antes, pois mudei de cidade, para longe dela. Mas isso não impedia que pelo menos duas vezes por ano tivéssemos contato presencial e trocássemos muitos emails.
A minha primeira reação após ela falecer foi novamente de que este era o ritmo natural e de reconhecer a oportunidade incrível que eu tive de conviver com uma pessoa que definitivamente era muito especial.
Mas 8 meses depois da sua partida, uma ficha caiu: a minha atitude naquele momento da separação não foi madura. Como uma adolescente, que quer se livrar dos pais e depois reconhece o seu valor, tarde demais, eu sentia que fui ingrata e não percebi o que aconteceu.
Certamente que ela não teve este tipo de julgamento. A natureza dela sempre foi de fé intensa no potencial de todos que a cercavam, e mesmo quando as pessoas mostravam o seu pior lado, ela sempre enxergava além e incentivava a seguir em direção ao futuro possível que ela conseguia ver. Nós talvez não.
O que quero dizer aqui é que esse processo foi meu, e que provavelmente ela não teve nenhum dos pensamentos que a minha consciência criou para me mostrar a situação.
Senti que minha atitude naquele momento de separação foi infantil. Isso gerou uma tristeza que veio lá do fundo. Ninguém quer ser mau, muito menos com alguém que fez tanto por você.
De repente parece que todo o investimento que aquela pessoa fez em mim, toda a dedicação, anos a fio, ensinando, cuidando, dando condições de crescimento pessoal e espiritual, toda a fé e confiança que ela tinha em mim ficaram latentes na minha mente. Eu via a imensidão que recebi e só conseguia pensar que resolvi encerrar um ato da peça e o fiz sem nenhum tato e sem nenhuma gratidão.
Esse sentimento de que a minha gratidão deveria ser tão imensa quanto tudo o que recebi, e a constatação de que aquilo que eu fiz não demonstrava nenhuma gratidão, formaram um rombo no meu coração.
Passei 3 dias chorando. Incontrolável, o ciclo de pensamentos girava assim - como eu fui ingrata, como o amor que recebi foi imenso, como eu fui ingrata, como o amor que recebi foi imenso, eu deveria ter percebido isso e agradecido ou retribuído antes que ela se fosse.....
No terceiro dia, uma pessoa próxima me disse que sentiu ela cuidando de nós durante aqueles 3 dias.
Levei um choque. Como assim? Depois de tudo que eu fiz e fui ela ainda cuida de mim?
Confesso aqui que nunca vi, ouvi ou senti nada. Não sou sensitiva, acho até que sou prática demais e que realmente deveria dar mais atenção a esses aspectos sutis. Mas enfim, não desacredito nessa possibilidade de a alma/ ser/ espírito estar presente, mas sem um corpo.
E foi então que caiu a segunda ficha. O arrependimento é um processo pessoal. Não tem nada a ver com o outro. É você encarando as suas ações e as conseqüências delas. Talvez você só vá encarar isso quando o seu processo interno e o seu entendimento estiverem preparados para isso. E esse é o momento certo, não é tarde demais. É quando tinha que ser...
E a terceira ficha: cada um tem o seu papel. 
O arrependimento pelo que deixei de fazer por ela, pelos momentos em que não estive presente, pelas coisas que não disse, tudo isso não fazia parte do meu papel. Haviam outros personagens no enredo dela, outras pessoas que tinham o papel que eu me arrependo por não ter desempenhado. Essa tarefa foi cumprida por outra pessoa. O meu papel era fazer o que fiz e ponto final.
Assim como o papel dela era fazer tudo o que ela fez por mim, dar amor e mais amor, acreditar, entusiasmar, ter fé e confiança inabaláveis nesse ser que as vezes ainda não acredito que posso ser. E esse papel também era perfeito, preciso e benéfico.
E foi assim que a gratidão pode brotar. Não aquela gratidão que você tem que expressar pessoalmente, o muito obrigado, o presente que busca materializar o sentimento. Mas a gratidão enquanto aquele amor que se expande e que vai além dos fatos que aconteceram. Um sentimento de amor pela perfeição da nossa caminhada, pelo prazer dos momentos preciosos que compartilhamos com pessoas especiais que tinham um roteiro mais curto que o nosso (talvez por isso sejam tão intensos e provoquem tanto impacto naqueles que ficam) e uma serenidade de que esse realmente era o ritmo das coisas.
E o arrependimento passou a ser um facilitador de compreensão e um propulsor de ações mais generosas e gratas com os que ficaram. Talvez essa seja a última grande lição que essa pessoa especial ainda tinha para me ensinar: o desconforto, o arrependimento e principalmente a gratidão são sinais de maturidade!
Depois de anos buscando a maturidade, acho que amadureci!!!
Gratidão minha irmã, por tudo, onde quer que você esteja!


04 dezembro, 2009

O que realmente é nosso?

Nos últimos tempos tenho notado cada vez mais o quanto me deixo levar/ afetar pelos sentimentos, expectativas e cobranças dos outros.
Acabo pegando para mim uma angústia que não é minha.
No meu caso isso tem uma razão muito honrada: gosto de ver todos ao meu redor felizes. Passo todo o tempo lidando com as situações de forma que ninguém fique desconfortável.
Mas os gregos e troianos já sabiam que não é possível agradar a todos.....
Mas explica isso para uma pessoa motivada.
A motivação também está com o enfoque desajutado.
Na verdade ela é a raiz do problema.
É óbvio que queremos sempre ver todos felizes ao nosso redor e Deus nos livre de gerar tristeza ou preocupação aos nossos queridos.
Entretanto o limite disso é justamente o próprio bem estar.
Claro que se sempre estivéssemos conscientes de tudo o que estamos fazendo conseguiríamos detectar quando passamos desse limite.
Mas a grande maioria age no automatico. Levado pela maré.
e quando vc acorda, esta com um monte de coisas apertando seu peito e deixando o seu discernimento turvo. você já nem sabe mais se é vc que é exigente consigo mesmo, se os outros que cobram demais de vc... enfim, pode ser qualquer coisa, mas não há mis como discriminar pq vc está contaminado.
A tarefa a seguir é uma bela faxina. Separar aquilo que vc é de todo o resto. E lustrar. recuperar o sentimento de valor pr[oprio, recuperar o senso de bem estar, de merecer estar bem, recuperar a paciencia para respeitar nosso ritmo...
E pensar que o que realmente é nosso sempre esteve ali e que nós, por livre e espontanea vontade, fomos buscar o lixo com os outros.
Afe, vai entender o ser humano.
Vai gostar de complicar assim lá na lua.
uma pessoa de quem tenho muita saudades é a Lilian. ela tinha expressões curtas e grossas que colocavam um ponto final nas nossas viagens. ela costumava dizer: "Dê a razão"
E outra frase clássica dela era: "pra que tudo isso???"
Ah se houvesse um segundo de reflexão antes de agir....
A tarefa agora é manter a lição: pra que tudo isso???

24 outubro, 2009

O nosso lado feio e as expectativas


Tudo muda o tempo todo no mundo.....
Mas não tão rápido assim.
Não duvido que todos nós temos ciência dos nossos defeitos e falhas.
Todos sabem quando pisaram na bola.
Por isso é tão chato quando alguém nos puxa a orelha.
Mas cada um lida de uma forma com as "ervas daninhas": uns fingem que não vêem; outros sabem; alguns fazem piadas; e outros as escondem de todos ou pelo menos tentam.
Independente dessa maneira de lidar com elas em relação aos outros, ainda existem os que querem solucionar, corrigir, melhorar, os que querem continuar assim e os que querem a atenção dos outros (falam sobre elas, mas nunca mudam).
Sabido é que todos tem defeitos e que todos estão lidando com eles. Não adianta esconder ou negar. Cada um vai alcançando a sua forma e tempo para lidar com seus defeitos. Normalmente é o conforto que determina a velocidade. Afinal, sob pressão nada funciona. A maioria de nós trava ou recua mediante pressão.
Cada vez mais me convenço de que o que faz a mudança fluir é justamente o sentimento de que apesar dos pesares somos aceitos e amados.
Logo, ao invés do sermão ou dos conselhos, dispensáveis porque já sabemos que os defeitos existem e já adotamos uma posição em relação a eles, o que realmente funciona é fortalecer o lado bom. Investir nas qualidades elimina os defeitos.
Como se já não fosse difícil lidar com as nossas falhas, ou mesmo para esquecer as nossas, temos a difícil mania de interferir no processo dos outros.
Queremos ajudar. Torcemos pela pessoa.
Mas cada processo é um processo. Cada um tem seu jeito de lidar e o seu tempo pra resolver.
E como é complicado ajudar quando estamos empenhados no caso dos outros.
Não posso falar dos homens, pois descobri recentemente que pensam e sentem de forma totalmente diversa da feminina. Talvez eles nem tenham esse tipo de preocupação.
Mas para as mulheres, aquelas que resolvem e harmonizam tudo de forma rápida e eficiente (vide mulher polvo, homem cobra. Içami Itiba), é muito muito frustrante tentar ajudar alguém.
Que estranha mania de querer organizar o externo.
As vezes nos tornamos chatas, ranzinzas e neuróticas em função disso.
Enfim, então como é que se ajuda os outros?
Oferecendo nosso ombro, nossos ouvidos e lábios sorridentes.
Abrir a boca, só se for para dar força. "Você consegue. Você é tão...." "acredite no seu coração" "faça o que te faz sentir bem".
E definitivamente segurar a tendência de colocar prazos para os outros. Mentalmente imaginamos o prazo que vai levar para fulano mudar. Principalmente se não temos aquele defeito ou se aquilo é fácil para nós.
Isso é natural para quem faz; e cruel para o coitado que tem que cumprir um prazo que na maioria das vezes é insuficiente.
Slow Down - movimento mundial pela retomada do ritmo natural das coisas. Temos que ter tempo para sentar e comer com os familiares, encontrar amigos e conversar, ter lazer.
Nos relacionamentos e com as expectativas também é chegada a hora de diminuir o ritmo.
Chega de cobranças, vamos curtir. Permita-se!

22 junho, 2009

O desapego


Desde muito pequena eu mudo de cidade. Tudo novo de novo.
Encontrar novos amigos, uma nova escola, depois a faculdade e finalmente o emprego que garantia que eu ficaria por um tempo em algum lugar definido.
E de repente: o amor!
Mudar novamente. E agora, depois de ter fincado raízes, ter estabelecido residência, criado finalmente o meu grupo de pessoas queridas.
Dos lugares da infância, poucas coisas restaram. Passou.
No passado recente, em tese, está tudo o que eu tinha. O emprego, a casa, os amigos, a família, os meus locais preferidos para passear, os lugares em que gosto de comprar, os profissionais que escolhi e que admiro demais (meus cuidadores, anjinhos).
E agora?
Bem, agora somos eu e o meu amor. Alguns móveis e objetos que pude carregar.
Não há casa definida, não há amigos, não há emprego, não conheço locais legais, não sei os melhores lugares para comprar e ainda não escolhi profissionais.
Posso começar do zero... se eu descontar o que já foi, se eu largar aquilo tudo, se eu desapegar da realidade anterior.
Aquela realidade não existe mais. Não daquele jeito que era. talvez tenha até um alívio por determinadas coisas, mas sinto muita saudade de outras.
E é justamente dessas que tenho que desapegar.
Na verdade, abrir espaço para o novo entrar.Deixar fluir.
Difícil isso, recomeçar.
E tão simples.
Quanto tempo eu levava antes pra recomeçar? Nem lembro mais. Acho que antes, quando eu não racionalizava que tinha que desapegar, eu desapega automaticamente. Simplesmente deixava o bonde andar.

03 fevereiro, 2009

Maturidade


Durante anos eu exigi de mim mesma. Desde 18 anos parece que estou atrasada nesse quesito: maturidade. Nunca parei para pensar se outras pessoas da minha idade já eram maduras, se queriam ser... o meu pensamento era: você já deveria ser uma pessoa madura, uma adulta, resposnável, pontual, decidida e determinada. Hoje do alto dos 30 anos vejo o quanto me apressei e o quanto essa exigência comigo mesma se transformou em culpa seguida de auto-piedade. Ainda cobro muito de mim mesma. Ainda exijo tudo de mim mesma. Basicamente, perfeição.
Mas quando penso nas pessoas idosas, ditas maduras, não vejo nelas as caracteristicas que acumulei. Talvez essa pessoinha que me tornei, amadurecida no relho, sem dó nem piedade, hj tenha uma profunda vontade de dizer chega.
não um chega de crescer, mas um cansei de ser forçada. Cresci, sim cresci. Sou responsável, sim sou. Dou conta de tudo sozinha, sim eu peito todas no osso.
Sou madura? Por mais ilógico que possa parecer ainda não acredito que seja madura.
O próprio fato de estar farta pra mim é mostra de imaturidade, pois a maturidade gera entendimento que gera aceitação.
Também reflito muito sobre o quanto aceito minha realidade, minha condição e as consequencias de minhas ações. Às vezes penso que isso apenas significa que não estou acomodada. Às vezes me sinto aquela rebelde sem causa de 16 anos que empacava que nem burro.
Acredito que quando realmente amadurecer, terei aprendido como me aceitar e ter paciencia comigo. Talvez seja esse o passo que falte pra alcançar a dita maturidade.
Até lá, por favor Deus me ajude e abençoe a minha psicologa e todos os que sofrem os efeitos do meu nivel nazista de auto-exigência.

01 junho, 2008

Morte


Alguém, pessoa querida, morreu.
E novamente este pensamento me vem a mente.
Uma foto, gostaria de ter uma foto dela.
Certa vez quando uma amiga morreu, comecei a espalhar fotos dela pela casa.
Não por desespero, não por querer segurar a pessoa comigo, mas para celebrar.
Celebrar todos aqueles momentos lindos, alegres, de carinho e amizade genuina que tivemos.
Nada de tristeza, nada de macabro ou de terrível.
Mas sim a doce lembrança de momentos felizes.
Talvez minha experiência com a morte não seja assim tão profunda, mas não consigo manter na mente a sensação de perda.
Já "perdi" pessoas muito próximas, mas não consigo permanecer naquele limbo.
Na verdade não lembro de ter passado por ele.
A sensação que me toma é a serenidade e a lembrança carinhosa.
E fico pensando a razão para tantos ficarem arrepiados ao passarem por um cemitério.
Só consigo ter dois pensamentos: o materialista me diz que restam apenas ossos e nada mais existe; o espiritual, de todas as linhas que já conheci, mostram que não há mais nada ali também e que o lugar para onde foram é o adequado à sua natureza - e não me cabe julgar.
Assim, não há nada em um cemitério além de ossos e jardins.
Que o sofrimento e o medo são normais todos sabem, mas e isso que eu sinto?
Sou insensível, insensata?
Não me sinto assim.
A má interpretação dos sentimentos também é normal.
E como é cruel.
Dói mais que a "perda" para mim.
Daqueles que se foram, fica a doce lembrança.
Dos que ficaram, que Deus nos ajude.

02 julho, 2007

A doença coletiva


Eu sou forte.
Custe o que custar sou forte.
Eu não sei quem sou...
Me respeite senão eu grito...
Eu sou bom, não sou?
Vários e vários, milhares de carentes se virando como podem.
Uns são brutos, agressivos, soterram para sentirem que estão acima.
Outros estão além, na estratosfera, pouco me importa você, eu estou curtindo.
E todos buscando o que?
Proximidade,
Carinho
Amor
Reconhecimento do seu valor
Mas assim, chutando o balde ou pulando fora????
Parece que além da carência existe a confusão.
Na verdade estou perdido, sem saber pra onde ir, por isso atiro para todos os lados.
Mas pra onde estamos indo mesmo?
Parece que um grupinho de formigas está tentando convencer a manada de elefantes...
E as formigas são menos ou mais felizes?
É melhor saber a verdade, viver apesar dela ou negá-la?
E qual verdade você quer saber: que é carente ou que o que tanto busca é amor?
e a arrogância nos venda os olhos....
sou forte, sou especial, quem precisa deles?
Mas porque a rejeição nos nocauteia?

Ilusões e Esperanças


A vida é feita de momentos, definitivamente.
E raros são aqueles em que conseguimos realmente enxergar.
Algumas vezes estamos "tapados" de esperança e vemos o que gostaríamos de ver.
Em outras temos a nítida impressão de que o que vemos é verdade, mas novamente estamos projetando.
Assim vamos vivendo até que somos pegos por uma golfada de lucidez e realidade.
O céu parece se abrir. Deslisamos como gaivotas que desabam sobre o oceano enxergando o peixe lá no fundo do mar. Agarramos eles com unhas e bico, mas de repente tonteamos, os olhos se encheram do sal do mar, a descida foi rápida demais e perdemos a noção do real e do irreal.
Quando reabrimos os olhos lá está nossa esperança novamente.
E em seguida as ilusões.
E assim se passarão mais alguns dias, meses, anos, até que um estalo nos acorde novamente por alguns segundos.
Sina, destino, fuga, será a cegueira o caminho?